PLENA LIBERDADE

PLENA LIBERDADE

Ao volver pro barro do qual fui feito,

Jazerei, em carne, então, consumado,

Livre, portanto, deste humano fado

De buscar, mal formado, ser perfeito.

Estarei pleno. Ao mundo não sujeito,

Deixarei, sem delongas, sem cuidado,

Os males deste corpo e, satisfeito,

Sem grilhões, partirei bem confortado.

Sairei desta vida para a morte,

Na simples troca de forma e morada,

Sem dores, sem rancores, sem bondade.

Nunca mais sofrerei de azar ou sorte,

Terei minhas algemas rebentadas,

Gozarei da mais plena liberdade.

H.Feitosa –the 14/09/2013