Imagem do Google / elcorreo.com



ESSAS MULHERES...* [ 446]
 


Fico ao portão, de tarde, a ver a rua
que traz de volta as gentes do trabalho;
nesta função de ócio compulsório,
cubro de olhares cada transeunte.
 

Pendor normal, porém, com força paro
para atentar deveras nas mulheres
que no quadril aninham seu mistério
e levam modos de botar feitiço.
 

Essas mulheres, verdadeiramente,
são mães, irmãs, esposas, namoradas,
e em cada qual a mais discriminada.
 

Em marcha, treinam elas a igualdade,
e infelizmente tantos as exploram
– pais e patrões, amantes e maridos.

 

Fort., 14/09/2013.
 
- - - - - -
(*) Em versos brancos, porém devidamente
escandidos, este soneto sem data foi trazido
lá d’alguns guardados. Apenas com leves
câmbios vocabulares, quis botá-lo no mundo
dos vivos pelos toques marcantemente de
inclinação social.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 14/09/2013
Código do texto: T4481161
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.