Sampa
Subindo ao cais do Porto Geral o asfalto cinzento
No mar de gente o cheiro podre, gente louca e gente morta
Na volta as decidas tortas desembocam na São Bento.
Que após o dia de sol perdido, não via a hora de ganhar a porta!
Se no caminho de volta à casa, uma Luz pela minha fronte se passasse
Talvez só assim eu atinasse, que voltar a Vila seria o mais Prudente!
Mas meu bom São Mateus não volto! Gostaria muito que me perdoasse,
Que se depois da labuta eu voltasse, bem sabes não estaria contente!
Pois minha querida tia Augusta, quanto tempo que não vejo!
Está tão perto a velha puta! Logo ali colada à respeitosa República!
Doida, que mesmo em via pública, se poe a me cobrir de beijos!
Tanta esbórnia que me espera, o calor que resseca a garganta,
Mas sem um mango e o cansaço! Passo no viaduto e tomo um chá…
No meio do fervo essa era a minha brecha! Mas deixe, hei de voltar!