QUE AS HÁ, HÁ
Dois mil e treze, dia treze e sexta-feira
Dizem qu´ é uma mistura atroz e explosiva:
F´ rraduras, gatos pretos, bruxas à deriva,
Vão semeando lamentável tremedeira.
Já vem de muito longe a ingénua brincadeira
E alguma gente se aproveita da deriva
Pr´ explorar de uma forma rara e corrosiva
Quem vegeta a dormir no mundo a vida inteira.
Há boatos e azares rodando em contramão,
Que as duras crises sempre turvam a razão
Deixando na penumbra a sorte de amanhã…
Ai dos corruptos, dos´ insensíveis e tiranos,
Rasgai as vossas máscaras e não façais danos!
Não se acredita em Bruxas… mas que as há, há!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA