Onipresente

Eu te percebo em todo lugar

como um fantasma onipresente

como um perfume turvando o ar

que não se vê mas que se sente

um facho de luz intermitente

que insiste em me acordar

um sonho vago e insistente

que nunca pude decifrar

És a lira que eu não toco

o texto ébrio que eu rabisco

a náusea que me faz perder o foco

A dor insistente em meu menisco

o corpo d'agua onde desemboco

minha angústia, risco por risco

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 13/09/2013
Reeditado em 11/03/2014
Código do texto: T4479350
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