SONETO DE MORTE E VIDA (undecassílabo)
Atinja-me o vento da morte a hora que for
Sempre julgá-lo-ei chegar fora de hora
Venha ao supetão, esperado, sem dor
Pergunta-lhe-ei: Certeza de ser agora?
Estás mesmo batendo na casa certa?
Perdeste a bússola pelo caminho?
Entraste por engano na porta aberta!
Seria teu rumo visitar meu vizinho...
Que esperança! Impossível lograr-te
Eterna sombra perene noite e dia
Atenta e vigilante por toda parte
Cedo ou tarde cada um terá sua guarida
Melhor não se deixar ao amanhã a alegria
Não carregar a tristeza pela vida