SONETO AO LOUREIRO

Naquela esbelta e nobre capoeira

Numa terra das Beiras, em Resende,

Um evento trivial que não se entende

Agita toda a gente de sobremaneira.

Um Galo real que encanta as galinhas,

Qual artista Pav´ roti afortunado,

Traz todo o mundo tão incomodado

Que o querem já levar para as alminhas.

- Dona Fernanda, o galo p´ ra panela

Ou a gente lhe faz uma esparrela

E pregamos c´ os dois em tribunal!

- Vão todos p´ ro diabo, que o Loureiro

Sempre me faz feliz o dia inteiro

E é das galinhas a paixão fatal!

- Vós o que pretendeis é depená-lo,

Aposto que com´ ele não há Galo

Nem juiz, que se preze, lhe quer mal!?

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 12/09/2013
Código do texto: T4478638
Classificação de conteúdo: seguro