SONETO AO LOUREIRO
Naquela esbelta e nobre capoeira
Numa terra das Beiras, em Resende,
Um evento trivial que não se entende
Agita toda a gente de sobremaneira.
Um Galo real que encanta as galinhas,
Qual artista Pav´ roti afortunado,
Traz todo o mundo tão incomodado
Que o querem já levar para as alminhas.
- Dona Fernanda, o galo p´ ra panela
Ou a gente lhe faz uma esparrela
E pregamos c´ os dois em tribunal!
- Vão todos p´ ro diabo, que o Loureiro
Sempre me faz feliz o dia inteiro
E é das galinhas a paixão fatal!
- Vós o que pretendeis é depená-lo,
Aposto que com´ ele não há Galo
Nem juiz, que se preze, lhe quer mal!?
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA