ENTRE O TÉDIO E A FELICIDADE
Rascunhar a vida, é latifúndio árido, tedioso
áspero se faz nossos sonhos, que estéril habita
absorto aos meus introspectivos infinitos - divago
na ânsia de achar meus líquidos, minhas aragens...
vida que refaz vida, em choros, prantos e sorrisos
abduzindo e extirpando podres desejos - insólitos
arrancando o mal impregnado nos ossos, no sangue
renascendo em brilhos aos alvoreceres, perfeito dilúculo...
longa jornada, que aos caminhares, nos faz aprendiz
e ao longo, nos torna capazes em repartir mais vida
tornando-nos melhores, convertendo a repulsa, em amor...
arrancado o ranço, o perjúrio combalido - sucumbi
então, a vida se aflora ao perfume das cores, brotando em flores
um recomeço, um novo gênese, uma nova brecha de felicidade...
Romulo Marinho