SONETO DO PRECONCEITO.
Esconder na encruzilhada do sonho
escrever na poeira todas químeras
livrar-se do preconceito enfadonho
é um devaneio de amor deverás?
Mas para livrar de tal maldição
tornar-se livre na vastidão do tempo,
é preciso do intimo sair a solução,
sem a alma submeter-se a contratempo.
A igualdade é cristal que reluz
cega os olhos que o corpo conduz,
na cegueira o buraco é certeiro.
Que o corpo de carne esvai-se,
sobre queda a alma recai-se,
no suspiro de amor derradeiro.