Ave Maria!

E assim os dias descem tristemente,

Nas vagas destas tardes tão chorosas;

Nas brisas, nestes ventos renitentes,

Que vão despetalando a velha rosa...

Minh’alma nestes dias vai dormente,

Nas vagas das saudades lutuosas;

Descendo nas saudades penitentes;

Que caem destas tardes langorosas...

Aperto em minhas mãos o meu rosário

Tirado do recôndito sacrário,

E quérulo então rezo a Ave Maria...

Ó Santa milagrosa, com o teu véu,

Retire-me da vida este escarcéu,

Fenece o meu sofrer, minha agonia!

Arão Filho

São Luís-MA, 10 de Setembro de 2013.