Coração
 
Ao teu pulsar, choram as noites frias,
Ao teu pulsar não há orgias nem pecados,
Ao teu pulsar, amam os falsados,
Zombam... o que sente dor, em euforias
 
Aos meus acalantos de temor e de agonias...
Na solidão dos fantasmas magoados
Que vagueiam, dentre as horas, desolados
Em minha voz, de cantigas fugidias...
 
A vida é cinza... e sem luar, e sem primor...
Em cadências rigorosas sem amor...
De pele fria, acalentada e sem paixão
Que vestem os sepulcros do meu corpo
 
Aos pedaços, desse miserável coração
No compulsar... triste, e zombado, e absorto...
 
(Poeta Dolandmay)



 
Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 09/09/2013
Reeditado em 13/09/2013
Código do texto: T4474373
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