Nós
Nasceste como a pomba, que pequena,
Precisa de cuidado e de carinho.
Tão branca como a paz, gentil... serena;
No peito meu vieste fazer ninho.
Que som produzes? Flauta d'açucena...
O que tu cantas, meigo passarinho?
Por que quando te escuto sinto pena?
Por que tu cantas sempre tão sozinho?
Nesta árvore tão alta da floresta,
Morada pudibunda que nos resta
À sombra desses galhos ressequidos,
Descansa as tuas asas. Eu também
Sigo perdido, errante, sem ninguém:
- Estamos tão unidos e esquecidos!
09 de Setembro de 2013