É fato

E quando aparece o sol, logo me esquento

E na pele acendo o que o coração já sente

Num deleite de vida quase não me agüento

Tapo-me a visão, mas tudo ela compreende.

Deito junto às lembranças de mim, reprises

Minh’alma se espreguiça: presente, passado

Vejo saudade que me chama sob marquises

Fazendo com que o meu céu seja estrelado.

E o ato triste entra em cena, não convidado

Pois é condimento que vem o belo aquilatar

Inda deitada sinto um Deus tudo “aquarelar”.

Abro os olhos... E tudo ao meu redor é fato

Vejo uma felicidade que sobressai a tristeza

As oportunidades me instigam sobre a mesa.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

*formato de soneto sem métricas

E fecho os olhos quentes,

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,

Sei da verdade e sou feliz.

A. Caeiro (Fernando Pessoa)

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 09/09/2013
Código do texto: T4473948
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