ACASO OU DESTINO
Atormentado, se trança ao breu
do pensamento confuso e mudo
sobre o roteiro do trilho seu.
Que braço o guarda com arma e escudo?
Alado anjinho de voz veludo,
ou truculento gigante ateu?
Quem determina o futuro, tudo
que surgirá e o que já se deu?
Será o destino em magia e verso?
Será o acaso em crueza imerso?
O que descreve uma história, enfim?
Mas que tolice! Que diferença?
Se acaso ou sina a existência, pensa,
lhe cabe apenas chegar ao fim.