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MENINA


Levava o carinho nas pontas dos dedos,
E todo o frescor da vida brotava...
Menina brincando, com a paz sonhava
Sem dores ou cismas; menina sem medo.

Mas veio o inverno que enregelou
As telas e cores que a artista pintou...
Rasgou-se o vestido,  turvou-se-lhe a vista
Das lágrimas tantas que ela derramou!

Cresceu a menina, murcharam as flores
Daquele jardim de amor que plantou
Chegou a saudade, e junto, a dor.

As pedras jogadas feriram-lhe a fronte
E jaz no passado o que dela restou:
História esquecida... haverá quem a conte?


-x-

Linda colaboração, Saulo!
 
Saudades, dores, lágrimas vertidas,
são todas passagens, retratos da vida.
As telas e as cores que a menina pintou
são flores que murcham, vestes rasgadas,
amores frustrados, pedras jogadas...
É a História da gente que você contou.










 


 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 09/09/2013
Reeditado em 17/09/2013
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