Jogo sujo

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Quando tergiversar, quero que seja assim:

Defeso desamar – desde o início até o fim.

Amarei cada polo – o meu, o seu também.

Posto ser, nossa vida, insondável vintém.

Sou patrono e preposto e meu coração ferve.

Ferve cru quando explode e, sem querer, levita,

dando, à artéria pulsante, a força que exorbita.

Sofra poeta, sofra! A maldição da verve.

O Código condena; a vida diz que não.

Apanho quase sempre – entre tapa e um sermão.

Se prefiro insistir, crendo ter a verdade,

meu delírio tocante, enche-me de maldade.

Quero sobreviver... Sentir e dar prazer!

Se não consigo a dois, prossigo sem você.

Crato-CE, 8 de Setembro de 2013.

16h51min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 08/09/2013
Reeditado em 22/09/2013
Código do texto: T4472747
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