TEMPO...

Recordações que o coração entalha, esculpido pelo vento

é saudade suprimida, versada e espargida - elos dos sentidos

que deságua na quietude remansa, no regato da vida, remidos

fazendo moradia, como arcaico hospedeiro - insólito tempo...

Quiçá os ventos embalassem ás vidas já percorridas

revivendo o que as saudosas lembranças feliz nos fizeram

quão valiosa é a simplicidade de um pretérito que nos penetram

inerente aos olhos, mas possíveis nas fantasias da mente geridas..

Porventura o tempo que ilude também os ventos, se descuide

dizimando os sonhos, transformando o que seria bom, em prantos

tornando-nos incapazes de prosperar nossos inauditos desejos...

Tempo que se fez escasso, sem recordações, inexistirá

não consumando seus elos, desprezará todos os nossos sentidos

perpetuando profundas incisões que a vida vazia, não contemplará...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 06/09/2013
Reeditado em 07/12/2017
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