TEMPO...
Recordações que o coração entalha, esculpido pelo vento
é saudade suprimida, versada e espargida - elos dos sentidos
que deságua na quietude remansa, no regato da vida, remidos
fazendo moradia, como arcaico hospedeiro - insólito tempo...
Quiçá os ventos embalassem ás vidas já percorridas
revivendo o que as saudosas lembranças feliz nos fizeram
quão valiosa é a simplicidade de um pretérito que nos penetram
inerente aos olhos, mas possíveis nas fantasias da mente geridas..
Porventura o tempo que ilude também os ventos, se descuide
dizimando os sonhos, transformando o que seria bom, em prantos
tornando-nos incapazes de prosperar nossos inauditos desejos...
Tempo que se fez escasso, sem recordações, inexistirá
não consumando seus elos, desprezará todos os nossos sentidos
perpetuando profundas incisões que a vida vazia, não contemplará...
Romulo Marinho