Onça pintada
Edir Pina de Barros
Sagaz caminha lenta e poderosa,
debaixo das piúvas enfloradas,
na mansidão das ternas madrugadas,
deixando a bicharada em polvorosa.
E assim se vai atenta, firme e airosa,
na densa mata que, beirando aguadas,
encobre o chão com sombras bem rendadas,
pisando-o devagar, demais manhosa.
Fareja a tenra caça, estanca o passo,
olhar atento, músculos de aço,
prepara o abraço, afia unhas, dentes.
Com suas garras fortes, inclementes.
silente vai, caminha, avança e para,
e apresa, de repente, a capivara.
Brasília, 6 de Setembro de 2013.
Poesia das Águas, pg. 28
Edir Pina de Barros
Sagaz caminha lenta e poderosa,
debaixo das piúvas enfloradas,
na mansidão das ternas madrugadas,
deixando a bicharada em polvorosa.
E assim se vai atenta, firme e airosa,
na densa mata que, beirando aguadas,
encobre o chão com sombras bem rendadas,
pisando-o devagar, demais manhosa.
Fareja a tenra caça, estanca o passo,
olhar atento, músculos de aço,
prepara o abraço, afia unhas, dentes.
Com suas garras fortes, inclementes.
silente vai, caminha, avança e para,
e apresa, de repente, a capivara.
Brasília, 6 de Setembro de 2013.
Poesia das Águas, pg. 28