Sobranceria

Sobranceria

(Soneto Heróico – Jocoso)

Estarei assim tão desfigurado?

Ou terei eu morrido e nem dei conta?

Ah… sou é invisível! Que alma tonta

A minha, que vê tudo desfocado!

Só pode… senão tinha-me avistado!

Como posso pensar eu tal afronta,

De tão ilustre ser que me confronta,

Fingindo não me ver? Ah… que pecado!

Cala-te! Ó pecador, mau pensamento!

Achas tu porventura, que é verdade

Tal ser, estar empolado em fingimento?

Vai-te! Vai-te de mim ó veleidade!

E junta-te ao seu passo e andamento,

P´ra que juntos, tropecem na vaidade!

André Rodrigues 30/6/2013

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 06/09/2013
Código do texto: T4469774
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