Aguerrido.
Há uma aldeia onde habita meu texto
Com o pretexto, da oca, ele inventa,
Faz e tenta do primeiro ao sexto
E no cesto entoca o verso e senta.
Pensa! É lenta a mente armando a teia
Pra ver a ceia de versos na mesa
E, acesa a rima a brilhar volta e meia
Desarreia o verso que surge sem reza.
Proeza é da mente, que inflama
Escolhe a dama e põe no pedestal
Açúcar ou sal ao tema escolhido
Que não lido nada mudará no dia.
O poema, então, mesmo sem partido
É aguerrido e decide ir sem guia.
JRPalácio