Soneto a um amigo triste
Separou-se do lar fraterno amigo
Um poeta modesto e derrotado
Mas não foi por viver amancebado
Foi somente por ser triste mendigo
Ele traz essa dor talvez consigo
No remorso de um pai refugiado
E como pai prezou não foi prezado
Inda teve o despreso por castigo
Da filhinha que tem está longe
A viver solitário como monge
Que procura o deserto pra morar
Nesse trinta de março hoje completa
O desgosto nefando do poeta
Na distancia macabra do seu lar
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.