APOLOGIAS

Pego a caneta pois me acho insone

Pesco palavras para declarar

O sentimento que se relacione

Com essa dor que me faz delirar...

Rabisco a folha qualquer coisa, um fone

Uma canção que me obriga lembrar

Do teu olhar, da tua voz, teu nome

Daquele tempo em que pude te amar.

Em meio às lágrimas, as milhares cenas

Que generosas, renderam alegrias

Hoje não passam de recordação...

Turvada a vista, em locuções amenas

De nada eu falo em mil apologias

Disfarço os sonhos do meu coração.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 06/09/2013
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