O FANTASMA
Quando morreu, nenhuma escuridão
no céu – não era santo; menos ainda
fez calar algum mito, ou mesmo um cão.
Quando morreu era uma tarde linda.
E quem o viu passar, mesmo que não
fosse para entender sua alma infinda
e absurdamente infindo o coração?
Quem disse que sua alma foi bem vinda?
Ele passou... Mas quem o viu passar?
Passou como um fantasma, mesmo sem
ter ainda passado ao bom lugar...
Passou como a quimera de si mesmo,
sem deixar nenhum rastro, nenhum bem
que não fosse o seu canto esparso e a esmo.