FOI ASSIM...
Foi assim... Ela me chegou chorando,
Sem saber mais o que fazer da vida;
No peito, que o tempo foi esmagando,
Trouxe apenas a dor de alguma ferida.
Nos meus braços foi-se logo aninhando,
Retomando sua esperança perdida;
Com carinho, fui, então, lhe aliviando
O amargo pranto daquela vida sofrida...
Mas um dia, quis deixar o meu abrigo
E, preferindo o calor de outro canto,
Partiu feliz e de alma esquecida...
E hoje, sou eu que aliviar não consigo
A dor desse tão amargo pranto,
E nem sei mais o que fazer da vida...