ALMA QUE A VIDA SUPLICA...
Suprimida alma que a vida suplica
baldia então se desvanece, verte
aos escombros, esmaecendo-se
na algia, onde o amor desbota...
dormente, por demais desvairada
indolente contrição, sem passado
onde só há ranço, no velado olhar
que ao longo a tristeza coabita...
sangue que não mais ferve, talha
corpo que desnudo, se faz opaco
injuriado se mortifica, desfalecendo...
em morte agora, consterna teu jugo,
flagelada agora amarga tua insensatez
de não ter amado, como a vida lhe queria...
Romulo Marinho