Monjolo
Edir Pina de Barros
Monjolo geme no rolar das águas,
e soca o milho, soca arroz também,
e sobe e desce, nesse vai e vem,
rangendo sempre as suas velhas tábuas.
Os cereais tritura, e muito bem,
e quebra duros grãos de velhas mágoas,
pilando, sem cessar, as dores, fráguas,
com águas que, no cocho, faz refém.
Escuta-se, distante, o seu gemido,
depois o surdo som – que é do pilão –
socando os grãos no cocho, sem piedade.
E pelas águas, sempre assim movido,
tritura o arroz, o milho, grão a grão,
na sua lentidão, tranquilidade.
Brasília, 1° de Setembro de 2013.
Poesia das Águas, 92
Tela: Nilson Pimenta
Edir Pina de Barros
Monjolo geme no rolar das águas,
e soca o milho, soca arroz também,
e sobe e desce, nesse vai e vem,
rangendo sempre as suas velhas tábuas.
Os cereais tritura, e muito bem,
e quebra duros grãos de velhas mágoas,
pilando, sem cessar, as dores, fráguas,
com águas que, no cocho, faz refém.
Escuta-se, distante, o seu gemido,
depois o surdo som – que é do pilão –
socando os grãos no cocho, sem piedade.
E pelas águas, sempre assim movido,
tritura o arroz, o milho, grão a grão,
na sua lentidão, tranquilidade.
Brasília, 1° de Setembro de 2013.
Poesia das Águas, 92
Tela: Nilson Pimenta