DESLIGADA

DESLIGADA

Joyce Sameitat

Na arte de poetar faço confusão;

Por ser deveras muito desligada...

Pensamento no ar, cabeça avoada;

Somente meus pés tocam o chão...

Chama-me a atenção de relance;

Tudo que não vejo porém eu sinto...

Até cheiro de perfume de jacinto;

O mover da sombra e semblantes...

Acarpeto de vitrais o solo errante;

Me levo por algum perdido riso...

Vindo do vento a passar cantante;

E o meu coração não tem mais juízo!

Sonhos são passageiros itinerantes;

Sobre os quais alço voo quando piso...

SP - 30/08/13

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 31/08/2013
Reeditado em 31/08/2013
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