DAS TERRAS DO DEMO
Homenageando
Aquilino Ribeiro
Destas Terras do Demo me apartarei,
Passados que já foram quase trinta dias
Repletos de foguetes, fogo e romarias,
E à minha capital do Reino voltarei.
Vivas memórias em minh´ alma levarei
Neste rosário inolvidável dos meus dias
Cuidando sempre sublimar as arrelias
Daquelas impensáveis coisas que gerei.
Destas Terras do Demo meio abandonadas,
Nos seus justos direitos sempre espoliadas,
Restam as suas tristes gentes esquecidas…
Enquanto isso, vão gozando por demais
Os proprietários do poder, os maiorais,
Olvidando que existem muitas outras vidas.
Ó vós, em quem o ingénuo povo confiou,
O que é que, de momento, dele suspeitais
Se a esperança sonhada já se esfumou?
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA