“DIA SEGUINTE”

No dia seguinte caia a chuva ou raia o sol,

Sentem todos o fardo da ausência

Dum ente querido em dissolvência

Que agora habita no Seol.

A relíquia no tempo é colhida

Sem os rufos retumbantes do tarol,

Como uns troços jogados no paiol

Ficam os ossos lá, sem vida.

Mas, a vida num ritmo frenético segue,

Não há lembrança do morto que carregue

Uma lagrima dos olhos até o chão...

Nem um retrato pelo tempo amarelado

Lembra o ente querido sepultado

Que aqui já cumpriu sua missão.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 30/08/2013
Reeditado em 30/08/2013
Código do texto: T4458709
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