“DIA SEGUINTE”
No dia seguinte caia a chuva ou raia o sol,
Sentem todos o fardo da ausência
Dum ente querido em dissolvência
Que agora habita no Seol.
A relíquia no tempo é colhida
Sem os rufos retumbantes do tarol,
Como uns troços jogados no paiol
Ficam os ossos lá, sem vida.
Mas, a vida num ritmo frenético segue,
Não há lembrança do morto que carregue
Uma lagrima dos olhos até o chão...
Nem um retrato pelo tempo amarelado
Lembra o ente querido sepultado
Que aqui já cumpriu sua missão.