Via do xeque mate

Se pudesse observar de fora o universo

Decifrando jogos que se desenrolam,

Veria um enorme tabuleiro desperto

Pois de perto as peças se embolam.

Como colcha de retalhos ou um terço

Uma mesa de bilhar, ondas que rolam

Como letras que se unem num verso

Fragmentos de louças que se colam.

Aqui de baixo fica tudo tão disperso

Caminhos cruzam mas não esbarram

Falta o toque, falta à sorte do encarte.

Se eu pudesse ver de fora este berço

Onde acontecimentos se entrelaçam

Percorreria a via de um xeque mate.

sempresol
Enviado por sempresol em 30/08/2013
Reeditado em 21/06/2016
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