Soneto ao Descaso
De todo o momento, há aquilo que guardo
E de tudo o que vivo, tudo é pra sempre
As coisas que vem, e se vão de repente
E aquelas que ficam, ganhando espaço
Há os risos, as lágrimas, e toda uma confusão
Há um poço profundo, de sentimentos, e mundos
Há lembranças e esperanças de qualquer alusão
Pois é na carência que homem encontra vontade
Sonhos, desejos e tudo o que quer
E nem todo homem se atém a mulher
Alguns preferem viver amizade
Mas a vida é uma estranha inconstância
E quando não compreendido, preferido
Ser ignorado, a tratado em ignorância