Lamúrias cíclicas
De vez em quando não tem jeito,
Olho tua foto e choro muito;
Não olho com esse único intuito,
Mas sim para calar meu peito.
Que andando, às vezes, meio fortuito,
Porque não esquece do teu leito,
Força-me a rever teu conceito,
Que em mim nunca será gratuito.
Como amar assim tão distante?
Dizem que isso nunca é possível,
Mas mesmo longe eu sou teu amante.
Porém, alguns dias é terrível!
Que eu chego a ficar muito arfante.
Quando a dor não fica sofrível.