PÁSSARO INFINITO
Odir Milanez
 
 
Parece haver voltado a ser criança
dependente das pernas, quase implume,
cantando sem pirraça, sem lambança,
das virgens volitantes sem ciúme.
 
Faz firulas no chão, delira dança,
sonhando de um ilhéu estar no cume.
Voando, sem voar, o céu alcança,
parecendo do sol solver o lume!
 
Tenta voar de vera. É esquisito!
Falta a força. Se esforça. Voa ao léu.
Faz força mais e mais, eleva o grito.
 
Alcança o mar. Em meio a mar e céu,
a vida se lhe vai e se faz mito
infinito, entre as fendas de um ilhéu!...
 
 
JPessoa/PB
27.08.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos visionários...

 
 
 

 
oklima
Enviado por oklima em 27/08/2013
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T4454748
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