INSIGNIFICÂNCIA
A sucessividade dos segundos,
mudou-me quase por completo;
já não sou mais aquele dileto
homem tímido e meditabundo,
a viver essa vida no seu mundo,
qual se fosse o sujeito mais correto;
com seu prato de orgulho repleto,
para a gula em que já não me inundo!...
Veja só! Como ele é metido a besta!
Não sabe nem dançar e vai à festa!
Dizem todos, me olhando de través...
É o imbecil dessa rua! Grande cousa!
E, ninguém sabe mesmo quem tu és,
Oh, insignificante Miguel de Souza.