Soneto saudade da viola
Estou longe do palco verdadeiro
Em que eu cantava verso de improviso
E o publico escutava com bom siso
Meu trabalho autêntico e prazenteiro
Da viola fui grande companheiro
A cantar o sertão lindo e conciso
Um proscênio fiel um paraíso
Para musa do vate brasileiro
Fiquei longe do palco do repente
Nunca mais eu cantei pra minha gente
A riqueza sublime do sertão
Eu trocara a viola na caneta
E virara um tremendo anacoreta
Pra cantar minha tôsca solidão
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.