O VERBO DA VIDA
No pretérito quando eu caminhava
Subjuntivo às leis da juventude,
Era um vulcão de incandescente lava
Meu corpo que jamais domar eu pude
E agora, no presente,quando a clava
Da idade me oferece a senectude,
Custa-me crer na tradição escrava...
Enxoto-a de meu corpo altivo e rude.
Ainda espero, em futuro imperativo
Realizar de modo imperativo
Um turbilhão de sonhos e desejos.
Enquanto o corpo morre em voz passiva,
A alma volita e vibra em voz ativa:
- É o próprio verbo em ritual de arpejos - !
Salé, 20-08-1998 – Lucas Candelária