Voyeurismo

Voyeurismo

Meu riso desmedido e sobre-humano,

Faz-me ser frágil presa ante a plateia.

A tribo desprezível… alcateia

Faminta por ossadas de um engano!

Se eu saio do casulo… meu arcano,

Logo o mais crente a dúvida em si ateia.

A simpatia é um gesto que se freia,

E em seus olhos me faço homem mundano!

Mas… se eu da boca corto o decibel,

Oiço-me logo o acérrimo com fel,

De pronto, me proclamam de casmurro!

Mas o que quererá esta gentalha…

Senão olhar-me dentro da muralha?

Quererá um valente e forte murro?

André Rodrigues 25/8/2013

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 26/08/2013
Reeditado em 01/03/2024
Código do texto: T4452378
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