Delicadeza masculina...
Não há força que apague essa rima,
Do falar do peito a um coração alheio,
A resposta que nos teus olhos leio,
Dela que para mim nada subestima.
Da brutalidade às vezes feminina,
Em desabrochar em ira das entranhas,
Tanto que meu coração não estranha,
O surgir da mágoa em tua língua felina.
Que eu poderia responder à altura,
Sabendo do calcanhar que não aturas,
O meu conhecer do que sempre te mina.
Desarmar-te, e do teu corpo forçar a fartura,
Preferi te ofertar de mim a mista loucura,
O amor selvagem e a delicadeza masculina.