O CANÁRIO

Belo e triste canário em gaiola de presa

Ave, pluma cinzenta e branca, bico leve,

De olhar mais assustado em ver o espaço enleve,

Que estava confinado a tão grande surpresa!

A má senhora, a doida e severa Teresa,

Brincava com o gato assim como de eleve

Pensamento, em atroz visão e boca breve,

Que em vontade gritava, então maldade acesa...

E cantava o canário em dor da liberdade

Restringida na força a que o inferno do dia

Era uma solidão da noite, que a verdade

Espelhava outra mera esperança, que via

Jamais a liberdade em ser a realidade,

Que outrora assim lhe deu a maior alegria!

Autor: Angelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 25/08/2013
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