VACILOS DO VERSO
Odir Milanez
 
 
Perdeu o meu parnaso a consciência.
Os meus versos vacilam. Entro em crise.
De poesias compor cala a ciência
e ciência não há que me analise.
 
Rasgo rascunhos, perco a paciência.
Meus versos sangram. Falta a hemoptise.
A Érato me dou. Peço clemência,
mas a musa não sei quem localize.
 
Recorro ao verbo. O verbo não se versa.
O que ouço do vento é-me impreciso
e se lhe falo em flores, desconversa.
 
O mar se mostra apático, indeciso.
Então minh’ alma, em sonhos submersa,
desperta versos vindos de um sorriso!...
 
 
JPessoa/PB
25.08.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
 

 
oklima
Enviado por oklima em 25/08/2013
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