"Amora... Eu sou desse Tempo"
Era menino… Já de olho no tinteiro,
Lembro a chucha, as fraldas que usava,
O fabrico dos foguetes no Fogueteiro.
Nas eiras e nas quintas eu sempre brincava.
Amora fez tocar búzios nesse tempo,
No primeiro toque… Já era o meu acordar,
O sol já espreitava… Eu bem relembro.
O povo se encaminhava e lá ía trabalhar.
Amora... Que viu romper a sua aurora
És ribeirinha... O rio judeu te implora!
Amora que vê o Seixal em duas marés.
A cortiça, a lã e nas sedas teve o seu apogeu!
Amora... Eu sou desse tempo... O povo cresceu!
Preservam até hoje uma réstia de chaminés.
Pinhal Dias - Amora - Portugal