"Amora... Eu sou desse Tempo"

Era menino… Já de olho no tinteiro,

Lembro a chucha, as fraldas que usava,

O fabrico dos foguetes no Fogueteiro.

Nas eiras e nas quintas eu sempre brincava.

Amora fez tocar búzios nesse tempo,

No primeiro toque… Já era o meu acordar,

O sol já espreitava… Eu bem relembro.

O povo se encaminhava e lá ía trabalhar.

Amora... Que viu romper a sua aurora

És ribeirinha... O rio judeu te implora!

Amora que vê o Seixal em duas marés.

A cortiça, a lã e nas sedas teve o seu apogeu!

Amora... Eu sou desse tempo... O povo cresceu!

Preservam até hoje uma réstia de chaminés.

Pinhal Dias - Amora - Portugal

Pinhal Dias
Enviado por Pinhal Dias em 11/04/2007
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