A TIRANA

Com fardos tão pesados sobre os ombros,

manquejo pelo escuro fado fero...

Atado aos tons sombrios dos assombros

que cingem meu desgosto em tanto esmero...

Eu tento achar saída nos escombros

desses porões de desviver severo

e prosseguir, enfim, sob os ensombros,

colhendo frutos de um sorrir sincero...

Mas a vilã brutal, nefanda, insana,

que sempre dominou-me a vida inteira

com sua adaga, a faca, desumana...

Jamais me deixará, cruel ceifeira,

ditando perdas, pranto, a vil tirana

desilusão, eterna companheira.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 25/08/2013
Reeditado em 06/09/2016
Código do texto: T4450555
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.