Sou poeta

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Ó Deus da humildade e da bênção, perdão.

Sendo filho de musa, entregue ao Teu sermão,

fujo do amor humano e do beijo cretino.

Profano o destemor. Surge o doce menino.

Meu amor, todo ele – casto –, é repleto de luz.

Sem tua boca, sussurro. E, vazio de maldades,

escondo digressões d'outras lindas verdades.

E serei, sutilmente, a insana flor da cruz.

Fortes raios a espancar a face, ardentemente.

Exorbito e, sereno, encontro meu fortuito...

sendo amor, ele se ergue e, sem pejo, é gratuito.

Há duplo digladiar: profano e decoroso.

quero amor leigo, louco e muito pegajoso...

A refletir a dor: ardor que se não sente.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 24/08/2013
Código do texto: T4450004
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