Soneto à memória de Canudos
No combate macabro de Canudos
O governo bateu na própria raça
O poder molestara a populaça
Os jagunços morreram como rudos
Nessa luta de grandes e miúdos
Belo Monte perdeu-se na fumaça
O país cometera essa desgraça
Com pequenos roceiros façanhudos
Esse pleito de fundo messiânico
Transformou-se no mais tremendo pânico
Demolindo o nordeste brasileiro
Belo Monte cidade nordestina
Resultado da guerra campesina
Sonho nato de Antônio Conselheiro
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.