Soneto do avesso.

Há um lápis, um papel e um escuro,

Um muro cobrindo o céu e, aliás,

Perturba a paz do poeta... Que apuro!

Desconjuro: Inspirar-se assim: É demais!

Nada traz de prazer: Desencanto!

Deseja tanto fitar o Universo

Para pedir do Luar seu encanto

Bem no tanto de inspirar um verso.

Entre um passo e outro nesse prado

Vê em seu fado o refrão inverso,

Com versos dispersos, frente e lado;

Nã fica cansado, inventa seu moço.

Rima nos versos... o poema quer agito

Ou fica esquisito o final do soneto.

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 22/08/2013
Reeditado em 21/02/2015
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