SONETO / 13

O tempo paira na penumbra,

Voando como se fosse alado

No silêncio permanente, calado

Na noite serena que deslumbra_

O presente sossegado na sombra,

O tosco peito ainda angustiado

Que muito sofre, querendo ser anistiado

Da mão que afaga, da mesma que assombra_

Um destino sem porto;

Um sentimento quase morto,

Nas longas horas da solidão,

Suplicando n’uma breve oração;

N’uma eloqüência silenciosa,

D’uma madrugada bastante chuvosa.

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 22/08/2013
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