NADA SABEM DO AMOR

Nada sabem do amor

Eu vejo, tão longe, uma possibilidade,

Tão pouco tangível ao palato do bom,

Digo, é invisível, mas de cor sei o tom

Da estampa cozida em meu peito - à saudade.

Afirmo – ser só não é melhor do que com

Alguém que garanta sua felicidade,

Mas é execrável a tal realidade

Que, sem a presença, não tenho mais que o som

Do réquiem no meu funeral. Eu Morri,

Mas jazo vivo nessa minha ambiguidade,

Na qual estar só traz-me a pura liberdade

Mas prende meu peito no pesar do sentir.

Imploro, em meu epitáfio, escrevam assim:

D’amores viveu... E neste teve seu fim.

... pois esses poetas nada sabem do amor...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 22/08/2013
Código do texto: T4446719
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