A separação
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De repente, desponta a miserável diáspora.
Bagunçando tudo e, qual ímpio vulcão,
deseja impor-se vil, tirana e firme déspota.
Protegendo tua alma eu fulmino que não!
Por ter havido fim, houve começo, claro!
Os antípodas não se prestariam ser
o derradeiro porto. Que se há de fazer?
Podemos navegar, crendo existir amparo...
Falta-me firme chão. No abismo busco paz.
Devo desistir, diz? Calo-me, posso? Deus!
Corrói-me tudo dentro e me foi dito adeus...
Que lancinante dor me aflige o peito, Pai!
O tempo que traduz tudo é curto e me traz
torrente chuva quente e, banhando-me, cai.
Crato-CE, 21 de Agosto de 2013.
22h17min
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