UM INTRUSO...

Se me remetes aos sonhos obscuros,

Obscenos ou semelhança que houver,

Ao penetrar em teus olhos escuros,

Em me mostrar esses sonhos, mulher.

Caso te seja, deveras um intruso,

Apenas permita-me até onde puder,

A cada penetrar na alma o impuro,

Deliciar-me de ti do que eu quiser.

Neste pedido afável me inspiro,

A cada instante nas noites e dias,

Qual um sedento diante da fonte.

Em pobre esperança... Suspiro,

No tempo em que meu sonho adia,

Saudade, entre mim e ti, uma ponte.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 21/08/2013
Reeditado em 21/08/2013
Código do texto: T4445509
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