UM INTRUSO...
Se me remetes aos sonhos obscuros,
Obscenos ou semelhança que houver,
Ao penetrar em teus olhos escuros,
Em me mostrar esses sonhos, mulher.
Caso te seja, deveras um intruso,
Apenas permita-me até onde puder,
A cada penetrar na alma o impuro,
Deliciar-me de ti do que eu quiser.
Neste pedido afável me inspiro,
A cada instante nas noites e dias,
Qual um sedento diante da fonte.
Em pobre esperança... Suspiro,
No tempo em que meu sonho adia,
Saudade, entre mim e ti, uma ponte.