Soneto do Prazer Carnal

Amo-te feito bicho, na busca do prazer carnal,

Instruído a cometer, o impulsivo pecado mortal.

Leva-me à boca com intuito de satisfazer-se,

E me satisfaço ao ver seus olhos no mormaço.

Corpos em fusão constante no estado liquefeito,

Molhados ou enxutos, nos sentimentos abruptos,

Evaporamos, nos irmanamos, no mesmo leito,

Desenvolvemos algo mais belo, que toda A Criação.

E sem querer blasfemamos, unidos pela paixão,

Canonizo meu sentimento, de nada sagrado,

Tendo prece às pressas para que eu seja abençoado.

Rezando, para que um dia, seja por Deus ungido,

Mas você vem me atrapalha se espalha na sua cama,

Meu nome você clama! gemendo ao meu ouvido.